Indignada com a morosidade das autoridades em elucidar a
morte de sua filha Samara Andrade Bezerra, de 18 anos, ocorrida nas
dependências do IF Sertão-PE campus Petrolina, no Bairro Jardim São Paulo (zona
oeste da cidade), a mãe da estudante, Cleomilda Andrade dos Santos, após
contestar a versão da escola que sua filha teria passado mal no banheiro e
batido a cabeça no vaso sanitário, lamenta a demora da investigação em
esclarecer o que ocorreu de fato.
De acordo com Cleomilda, a versão da escola que o laboratório
estaria fechado no dia do óbito não procede, pois imagens do celular da filha
provam que ela enviou uma foto para uma colega que trabalhava em uma farmácia,
dentro do local, manuseando um produto químico, que provavelmente seria cianeto
de potássio.
De posse da foto ela afirma ter procurado a Polícia Civil,
mas que teria sido informada pelo delegado que a única coisa que poderia fazer
naquele momento seria redigir um documento e enviar para a Polícia Federal. “Ele
investigou o celular e depois recolheu o aparelho e enviou para a Polícia
Federal”.
Cleomilda conta que a PF chegou a ir na escola e que um
delegado teria lhe mostrado as imagens capturadas provando que a versão da
escola não se sustenta. “Ele me mostrou uma parte das imagens constando realmente
que a escola tinha criado, que minha filha tinha batido a cabeça, por que essa
história aí na mídia que jogaram foi a escola que criou”, disse.
A partir daí ela afirma não ter tido mais informações sobre
o caso. “Eu fui procurar o delegado de novo, assim ele me mostrou que
encaminhou no dia 25 de fevereiro desse ano, me garantiu que com três meses me
dava o resultado, mas por eu ter vazado um tempo aí nas rádios, a escola
procurou ele, e aí parece que depois disso ele me bloqueou, não quer mais me
dar notícias, não quer me dar informação de nada”, lamentou.
A declaração foi dada por Cleomilda em entrevista
a Rádio Jornal nesta última quarta-feira (25), na oportunidade ela também
informou ter cobrado o notebook e o aparelho celular da filha, mas que o
delegado teria negado. “Eu cheguei a cobrar o material da minha menina, mas ele
disse que eu não tinha obrigação de fazer essa cobrança, porque a perícia tinha
levado para Salvador para fazer uma perícia mídia”.

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